Nesse ano de 2020 as questões ASG (Ambiental, Social e Governança) entraram para valer no contexto das organizações, principalmente dos conselhos de administração. Por ser um tema mais recente, existe uma enorme preocupação de que indicadores exatamente as empresas vão gerenciar. E o tema vai além, já se discute até em atrelar estes fatores às métricas de remuneração variável nas organizações.
Impressionante, pois até antes da pandemia, falar de GRI, Empresa B, ISE e outros parecia ser suficiente, apesar de, em muitas organizações, desconectado da governança.
Como se esses certificados ou reconhecimentos fossem independentes da estratégia e das rotinas da gestão da empresa.
Para minha surpresa, tenho lido ultimamente que cuidar da reputação da empresa é um esforço contínuo e que, portanto, é necessário conduzir uma transformação na forma de ser das mesmas.
Afirmo a vocês: Isso é uma Transformação Cultural!
Confesso que fiquei contente de ler isso, pois voltando a conceitos básicos, depois de um esforço grande de Transformação não se pode parar. Transformar a Governança e consequentemente a Gestão da empresa é o início de condução um Programa e não um Projeto.
Um Programa começa e não termina, ele continua evoluindo. Um Projeto tem começo, meio e fim. Uma Transformação tem um início, mas depois precisa se tornar um Programa de Melhoria Contínua, mantendo todos os níveis engajados na evolução constante.
É correto que o conselho se preocupe com quais KPIs monitorar, mas se a Governança tem o hábito, isto é, o comportamento de melhorar sempre, deve estar mais preocupada com sua evolução e com isso construir melhores KPIs ao longo do tempo.
Uma Transformação cultural implica em uma jornada de melhoria contínua de comportamentos principalmente da liderança, podendo ser observada, evidenciada e ajustada dia a dia.
Portanto, estando todos numa jornada de evolução fica mais fácil cuidar da reputação da empresa, assim como outros desafios necessários para a boa condução dos negócios.