Faz muito tempo que não escrevo sobre melhoria contínua, embora tenha escrito bastante no passado. Na verdade, trabalho e vivo isso o tempo todo.
A Gati Consultoria, como afiliada do Instituto Shingo no Brasil, vem disseminando o conceito de Transformação para Excelência Organizacional, utilizando o Modelo Shingo e seus 10 princípios, ajudando as lideranças das organizações a enxergarem comportamentos necessários para a excelência, por meio do desenvolvimento de uma cultura de melhoria contínua dos sistemas de trabalho, de gestão e de melhoria. Utilizando ferramentas de comunicação para gerar resultados operacionais, financeiros e comportamentais que impulsionem uma jornada de melhoria contínua e duradoura.
O Modelo Shingo vem do Sistema Toyota, onde o ser humano é o centro de toda a jornada de melhoria. Infelizmente, uma grande maioria de empresas ainda tem uma visão de “Lean”, como um conjunto de ferramentas onde os comportamentos e crenças da organização não são considerados. Embora as ferramentas sejam poderosas, implementações de Programas de Melhoria Contínua que não considerem os aspectos culturais, não têm resultado duradouro.
Entenda-se cultura como a somatória de todos os comportamentos e crenças de uma organização. Certamente, o público operacional tem maior número e, portanto, tem maior impacto na cultura, entretanto é a liderança sênior que dá o direcionamento e a média liderança que acaba atuando de forma tática na implementação dos direcionamentos.
Para que a melhoria seja realmente contínua e perene nas organizações, a liderança sênior precisa participar e mostrar compromisso, serem exemplos para os demais funcionários. Na melhoria contínua centrada no ser humano, encontrar problemas para resolver é tarefa de todos. O treinamento não acontece em sala de aula e sim como resultado da solução de um problema. Isso demonstra a busca da perfeição, um dos 10 princípios do Modelo Shingo.
Como saber se a organização está engajada na Melhoria Contínua? Algumas ideias de perguntas paras as pessoas da sua organização:
No ambiente onde a cultura de melhoria contínua impera, as pessoas não têm medo de mudança e aprendem sempre.
Muitos se perguntam, como ter uma mudança para o mundo digital em todos os níveis da organização, tirando o melhor proveito de toda tecnologia que está disponível no momento e as que ainda estão por vir? Ora, é uma jornada, começando por ferramentas “Lean”, trabalhando os comportamentos e crenças e educando as pessoas, e na etapa seguinte, na evolução da jornada vem o digital. Desenvolver as pessoas também faz parte dos princípios do Modelo Shingo, um dos facilitadores culturais, foco da liderança sênior que não deve delegar essa atividade.
Nas tecnologias digitais (robótica, automação, IoT, 4.0, metaverso….) a análise de dados, com estatísticas mais avançadas, traz resultados de prevenção de falhas, isto é, um ambiente de trabalho proativo em todos os níveis da organização. Consertar rápido não é mais o foco e sim ter previsibilidade da falha e atuar com antecedência para evitá-la. Falhas em qualquer setor, indústria, serviços, saúde e outros. Evitar o problema utilizando a abordagem cientifica e pensamento sistêmico, outros dos 10 princípios do Modelo Shingo.
E antes de empregar qualquer tecnologia digital, perguntar: Qual o problema que estamos tentando resolver? Caso contrário gastará esforços sem resultado de impacto ou terá uma melhoria inferior a que a tecnologia digital poderia trazer.
Publicado em:
https://pensamentocorporativo.com/pensamentos_corporativos_04_2022_742/
https://www.linkedin.com/pulse/digital-como-evolu%25C3%25A7%25C3%25A3o-de-melhoria-cont%25C3%25ADnua-centrada-gati-dra-e-cca?trackingId=IzRpSwQcSJqKW%2FgPZ2gdsw%3D%3D&lipi=urn%3Ali%3Apage%3Ad_flagship3_profile_view_base_recent_activity_content_view%3B6U%2F0oC7eT%2FCHwRJFneo5Pg%3D%3D