“Workshops Shingo Model” como alavancador às Mudanças Culturais, impulsionando resultados duradouros. Como funciona?
22 de setembro de 2021Manual de Boas Práticas para uma agenda ESG nas empresas – Outubro 2022
16 de maio de 2022
A cada etapa de carreira, necessitamos reforçar nosso arsenal de competências, de forma teórica e prática. Há tempos penso em escrever sobre o tema de construção de competências ao longo da carreira, utilizando o meu próprio aprendizado. Expresso aqui meu ponto de vista sobre a construção de competências e sua relevância ao longo da trajetória de carreira.
Já atuei em funções executivas, grandes consultorias de gestão e hoje atuo em consultoria estratégia e conselhos, além de mentora e professora. Tenho construído meu “tool box” de competências ao longo desse tempo, mas estou consciente, que o repertório de competências e seu aprimoramento é uma jornada que não tem fim!
Lifelong Journey!
Carreira Executiva
Competências relevantes na Gestão de Empresas para um executivo transitar em ambientes de empresa nacionais ou multinacionais, capital aberto ou fechado, familiar ou não, é importante ampliar suas competências, além da sua área técnica de expertise inicial.
· Visão estratégica e sistêmica de negócios e seus desdobramentos para execução na sua área ou departamento, sempre em alinhamento com outras diretorias da empresa;
· Liderança, gestão e desenvolvimento de equipes: capacidade de execução em equipe é fundamental para o amadurecimento profissional, não só dentro de sua equipe mas também entre departamentos
· Comunicação: comunicação oral e assertividade na argumentação de sua opinião é muito importante nesse ambiente, que demanda habilidade para ouvir, entender e saber quando e como interagir para contribuir com ideias e diferentes pontos de vista.
Carreira de Consultoria Estratégica – competências adicionais
· Solução de problemas de forma estruturada: o consultor tem a função de entender o problema do cliente e estruturar a solução/projeto definindo uma abordagem clara para o seu time e o cliente;
· Comunicação escrita e oral, aqui o nível de profundidade é maior que o executivo: estruturação de documentos/apresentações é um ponto chave para o consultor e requer muito treino;
· Raciocínio analítico: traduzir esforços em resultados mensuráveis e conectado com o negócio;
· Execução de projetos: diferente do executivo, a consultoria pode atuar como executante do projeto, executar em conjunto com o cliente ou orientar o cliente na execução, fazendo o acompanhamento e ajustes. Em cada modelo de atuação, requer competências diferentes, desde “ensinar a fazer” e “fazer de fato”.
· Visão holística de negócios: a partir do trabalho em diferentes setores e negócios o consultor passa a olhar os processos, pessoas, rotinas e organizações de forma mais pragmática, independente do setor de trabalho e de seu spike de competências técnicas;
Conselheiro de Administração – competências adicionais
· Nose in, hands out: aqui a execução é feita pelo time de gestão da empresa. O conselheiro questiona, avalia, apoia, ensina, recomenda e acompanha à distância, não executa. E nem tem o tempo para isso. Portanto, a objetividade na comunicação e na capacidade de observação são diferenciais que precisam ser construídos com cautela e prática;
· Fazer boas perguntas: claro que boas perguntas cabem em qualquer estágio de carreira, mas para o conselheiro é fundamental, principalmente perguntas que gerem reflexão para os demais colegas do conselho e da gestão executiva;
· Capacidade de ter voz: ter atitude corajosa de não deixar passar temas relevantes e capacidade de argumentar, não se intimidar com o time do conselho, sem ser agressivo;
· Mediação: solução de conflitos de forma produtiva, escuta ativa e madura, se colocando no lugar do outro;
· Empatia: o conselheiro precisa gerar, apesar da limitada exposição, empatia com os outros membros de conselho e com a gestão da empresa para que se sintam apoiados, criando um ambiente de confiança.
Concluindo: Creio que consegui escrever um pouco sobre a complexidade da construção de competências ao longo da carreira. Importante refletirmos que, com o aumento da expectativa de vida, as pessoas tendem a aumentar seu tempo de atividade de trabalho.
Portanto, carreiras mais longas e aprendizado de novas competências serão fundamentais nesse novo cenário!
